05/06/2013

Agora o Meu



A um fim para tudo, isso é fato.

     Era uma vez um sonho lindo que aos poucos foi se desfazendo, nesse sonho existiam dois protagonistas, um homem e uma mulher, eles moravam em uma casa de madeira afastada da cidade, onde conseguiam ler seus livros e ter toda tecnologia que podiam ter, essa casa tinha uma varanda com uma cadeira balanço onde era o lugar preferido do casal para namorar, também havia um quintal enorme, lindo e cheio de flores e bastante espaço para criar um cavalo e seu potrinho e tudo naquela casa era bem divido e os dois além de se amarem o suficiente também tinham harmônia até que um dia uma escuridão pairou sobre a casa e a chuva nunca era temível.

     De pouco aos poucos todo o sonho foi se destruindo, primeiro foram embora as flores que morreram muito facilmente com a chuva, seguida dos cavalos que fugiam sem ter comida e a casa começará a se desfazer também, primeiro as goteiras que foram aparecendo, mas os dois resistiam, primeiro começaram a fechar as goteiras o que não era tão difícil, só que para a mulher aquilo tudo era muito ruim e as vezes ela fugia para se acalmar o problema é que quando ela voltava as goteiras estavam maiores e o homem desesperado tentando fecha-las então ela chegava junto e os dois começaram a se desentender e a quantidade de fugidas da mulher acabou aumentando e sempre que voltava a casa estava cada vez mais destruída ao ponto que mesmo sem querer quando tentava fechar um buraco acabava aumentando ele e o homem já não era mais aquele do início, agora havia muito ressentimento e dor, o que causava um desempenho inferior ao que tinha e a vida naquela casa já não era mais um sonho, tudo havia virado lama, o quarto, a sala, a cozinha, nem a tecnologia sobrou, nem os livros.

     Só uma lugar ainda não havia se destruído, a varanda, o homem mesmo debilitado e doente não deixava que a chuva chegasse nesse lugar e protegia com o próprio sangue, mas a mulher já havia desistido e foi embora. Só e sentindo a morte chegar ele ainda continuou a defender o que sobrou da casa mesmo sem ela, afinal a casa era a úncia coisa que ele tinha agora e no início foi o suficiente, mas logo não conseguia levantar o corpo do chão e a lama começou a cobrir ele, ele poderia sair também mas como todo capitão, o homem morreria com seu barco.

     Um dia então ele acordou, estava fedendo e coberto de lama, estava praticamente morto, ele se levantou e começou sozinho a tentar reerguer a casa, começou a bater na madeira, erguer as pilastras, muitas vezes enquanto erguia um lado o outro caia e ele começava a se desesperar mas não desistia, e batia muito mais forte e muito mais erguido, a casa estava começando a se refazer, mal feita, mas era de coração, então ela voltou, bateu a mão nas suas costas e disse como eu poderia morar aqui, eu vou morar em outra casa, o homem caiu de joelhos, quase sem vida e pergunta se era com outro, ela sorri e diz que não sabia.

     Algo novo aconteceu então, ele se levantou, acenou para ela se despedindo, segurou fortemente em seu martelo de esperança e jogou-o no lixo, olhou para o céus e disse, um dia essa casa será construída por mim e terá tudo que sempre sonhei mas agora não deixarei mais ninguém entrar e morar aqui, estou disposto a seguir em frente sozinho.

Agradeço a todos os envolvido nesse texto por me constituírem e terminarem essa história, acredito que o fim ainda não chegou mas a saga de luto sim, e se interessar possa, a chuva já esta passando.