25/07/2013

A Brisa do Vento


Para acreditar que o mundo pode mudar

     Nos detalhes é que encontramos algo significativo para se viver. Quando procuramos um sentindo nas coisas simples de cada dia passamos a ter mais felicidade gostando mais de nós mesmos. Um olhar no espelho refletindo seu próprio olhar; uma flor no quintal, mesmo aquela de aparência estranha e quase morta; uma cachorro que vem te pedir atenção da forma mais carinhosa possível; a brisa do vento que passa por nosso corpo deixando uma sensação tão gostosa de calma e paz.

     Quando se para para olhar as pequenas coisas da vida como a própria respiração, é possível sentir que a vida é calma e a calmaria não é um sonho. A verdade é que o mundo não para porque você deu um tempo, mas também não vai girar mais do que o previsto, então apresento uma nova perspectiva fora da realidade dos destinos ou linhas, mostro a surrealidade de onde tudo muda, querendo ou não, e só  nos cabe essas mudanças, quanto mais rápido aceitarmos mais rápido nos adaptaremos.

     O cérebro tem vários mecanismos de defesa que adquirimos com o tempo, dentre esses um dos mais importantes no fator social é sobre mudanças. Mesmo o ser humano sendo uma das criaturas do mundo animal com maior capacidade de adaptação, temos muita dificuldade de aceitar o que é novo, seja um sentimento ou um acontecimento, retraindo e afastando, achando que é mais seguro não confiar e não se entregar, dessa forma criamos um muro onde ninguém deve atravessar.

     Uma barrera impenetrável sobre nossos padrões é construída a cada decepção e desgosto, criando falsas máscaras muitas vezes mudando nossa personalidade tendo a clara certeza que estamos fazendo o que é certo para se manter o controle sobre o que somos. Conseguimos esse resultado quando bloqueamos os sentimentos, não nos permitindo sentir nada por nada e por ninguém, vivemos uma vida fria, mas segura.

      Uma pergunta deve ser deixada a vista de todos para que assim possamos analisar com mais calma o sentido de cada palavra, essa deve conter algum sentimento da parte de quem escreve e de quem ler, de sentidos múltiplos e desconexos, uma construção inacabada de uma obra que ganhará formas com o passar dos pensamentos, algo clichê que todos já se perguntaram ou se perguntarão inevitavelmente algum dia, a frase que completaria a primeira frase desse texto.

Precisamos esquecer da criança que já fomos um dia?