12/08/2013

Qual o seu Nome?

Páginas em branco sobre uma mesa vazia, um homem jogado aos seus demônios e seus devaneios tolos

     Cartas sem destinatários, uma poesia no ar, o álcool e toda volúpia expressada em palavras. As mais sinceras são aquelas que não pertencem a ninguém, muito menos ao escritor, são palavras criadas por um criador e não precisam ter sentido algum, apenas a pura criação pode destacar o sentido original de cada argumento utilizado, cada paráfrase é correspondida de uma evolução taquicárdica do que já mostrara anteriormente. Respostas rápidas a um sentido abstrato qualquer.

     Entre todos os medos que já senti, consegui ver seu rosto finalmente, perto do divino mas não belo, o medo me tomou por alguns segundo, não importando o que escrevo ou para quem escrevo, não deixando claro o sentido original das palavras por toda a obscuridade intrínseca em seu ser, não posso aferi-la de frente pois seria o equivalente a tentar barrar um carro em alta velocidade apenas com a força do corpo. Impossível e talvez inacreditável, ao final me sentir extremamente confortável com todo o medo equivalente daquela noite, nunca me esquecerei do que aconteceu, porque não aconteceu nada dentro da realidade, apenas no plano comum das idéias.

     Fraquejei algumas vezes, estava sentido o exalar do medo sobre meu corpo por dentre o perfume, tivemos um início bastante agradável, quase uma preparação para o abatimento, sempre pensei sobre tudo que envolve o tudo, mas nunca pensei como penso hoje, puro e destruidor, a maldade viva, angelical e demoníaca. Faltam algumas palavras para te dizer mas completarei o texto apenas com o final.

Glória patri.
Sicut erat.