Seu violão hoje batia com força e ritmo, gritando com intensidade a liberdade.
As flores hoje estão mais vivas e os pássaros a esbanjar eloquência e ritmo em um dia que parecia se despertar diferente dos outros, bom, belo, livre e tranquilo, onde tudo de ruim poderia acontecer que seu corpo e sua alma estariam preparados para as piores tormentas já criadas e suportadas. Causa do efeito que se desfez, hoje o homem acorda com seu sorriso vibrante em seu castelo, mostrando a todos sua expressiva alegria.
Livre das correntes que um dia permitiu que fossem colocadas por acreditar que precisava passar por aquilo para conseguir alcançar seus objetivos, pobre inocência, sofrei como um cão e sempre que tentava sair era sufocado até o ar faltar e as forças mais uma vez o levarem ao chão. Temia o menor movimento de vida que se passava por perto, porém seu espírito sempre fora forte e determinado a livra-lo de tudo que o cegava, mas não existe como ajudar alguém que está preso por vontade própria.
Abro os olhos, sinto a preguiça relativa das noites de sonos que passei acordado, levanto-me vagarosamente contraindo meu abdômen como sinal do começo do exercício matinal, terminando ao chegar na centésima flexão, corro para o banho onde admira ao mesmo tempo que repudia seu corpo. Chega a cozinha e prepara seu café da manhã, bem típico e leve, suco de laranja recém processada, algumas frutas como banana e maçã, pão já fatiado e um ovo para completar o sabor e o saber. mesmo tudo estando exatamente da mesma forma, sentia algo mais, tranquilo e bom. Sorriu com o meu melhor jogo, abro porta de casa e caminho em direção ao meu destino, sabendo que sempre estarei pronto para tudo que seja despejado em mim.
Esse foi o primeiro dia com minha nova filosofia, os outros foram igualmente gratificantes. Aprendo mais quando abro minha mente para as possibilidades do dia e aceito melhor quando considero todos os acontecimentos como resultados bons, mesmo os negativos. Tornei-me mais paciente e justo devido a imparcialidade com que analiso meu interior, cada crítica que faço é construtiva. Resumindo, sou hoje o experimento consciente e analítico de minhas relações pessoais e sociais, meu próprio material de estudo.
Não nego mais o que está por vir, aceito a vida como ela é e por isso estou feliz.