05/11/2013

Cromatismo Ressonante

As lágrimas que caem por algum motivo,
as mesmas que percorrem um rosto,
aquelas que alagam cidades,
a tristeza caracterizada.

     Clamamos por justiça, paz, amor, compreensão e esquecemos da aclamação do nosso criador, talvez no fundo saibamos o que ele quer, mas paramos de escutar, talvez a chuva seja o tamanho da sua dor e decepção que cai sobre a terra, talvez sejam nossos mais íntimos que se foram em prantos pelo que nos tornamos, talvez as chuvas queiram dizer muito mais do que elas apenas representam.

     Nada é realmente objetivo ou de alguma forma deixa de ser, vontades, desejos, sinais se cruzam e é preciso apenas está no ângulo certo para compreender a formação, mas para isso é necessário paciência e concentração, duas qualidades que também estão se extinguindo, o que leva a uma pergunta muito prática, será que queremos realmente ver ou apenas estamos fazendo vista grossa?

     O que sei e o que deixo de saber perde a importância quando nada digo e nada faço, sou realmente um produto de minhas escolhas e escolhi viver o presente, porque não gosto da ideia de viver um passado que ainda não aconteceu ou aquele que já passou, prefiro viver nesse passado que ainda está acontecendo e meus choros são o que representa a chuva para mim, eu choro de tristeza e muitas vezes choro junto com a chuva, pedindo perdão pelos meus erros, os que cometi consciente e aqueles cujos quais desconheço.

Parta para bem longe e fuga de si mesma,
mas nunca esqueça que não existe dor maior do que fugir do próprio sonho.
O tempo não volta para retomarmos de onde paramos,
nossas escolhas estão no presente e esse sim só depende de você para acontecer.