Lembre-se do que te fez sofrer...
Lutamos todos os dias contra inimigos
invisíveis, invencíveis por natureza, explosivos e inconstantes e para que
possamos aproveitar de suas vantagens, talvez até escapar de suas emboscadas,
temos que vestir a pele do lobo e entrar na matilha, mas somos rejeitados por
nossa própria consciência.
Adaptação, palavra de lei, sobreviver, apenas
uma obrigação, o dia que estamos sorrindo muitas vezes não é o dia que estamos
vencendo e mesmo que vitoriosos sempre existirá a repreensão pelo que já
perdemos.
Perder é quase uma obrigação já que a
dificuldade aumenta de acordo com o que temos, assim quanto mais tivermos, infelizmente,
mais perderemos e às vezes não estamos dispostos a abrir mão de algo muito
valioso e acabamos caindo no abismo das ideias vagas e a tortura começa a
atordoas nossos pensamentos. Por esse motivo particular que não gosto dos
sonhos, tenho uma aversão a qualquer forma de esperança, mesmo que pareça
hipócrita já que preciso também me apegar a algo para continuar me sentindo
vivo o que a muito não vem acontecendo.
Mesmo assim, nossas batalhas e nossas ideias
muitas vezes diferentes, mas sempre congruentes, são a constância que nos
definem, reis e rainhas de um mundo sem lei, somos deuses de nossos corpos e
adoradores devotos e honrosos de nossas credibilidades, poucos entendem o que
estou fazendo e é para esses poucos que escrevo; deuses de sua própria
natureza, reis e rainhas de sua convicção, donos de si mesmos e finalmente vitoriosos
por conseguirem estarem vivos acima de tudo.
Caracterize-se também daquilo que mais te faz
bem e participe daquele sonho mutuamente individual de ser feliz por mais tempo
do que possa lembrar.