17/12/2013

Olhando as Margaridas



Ela teve certeza que era para ela, nunca ouve uma confirmação, mas ela teve certeza. Como poderia se eu havia acabado de escrever sobre algo que li sobre ela, mas existem milhões de outras pessoas para quem poderia escrever, mas ela teve certeza que minhas palavras eram dela.
Tudo está acontecendo como aquela cena de um filme onde você fica sempre olhando uma pessoa secretamente, admirando, analisando suas análises e de alguma forma cuidando dela em pensamentos sem saber que essa pessoa também secretamente analisa suas análises e igualmente te quer bem. É impossível não ficar eufórico sobre essa pressão, esse medo que toma conta dos sentidos e faz a mão tremer, saber que está muito mais perto do que ontem, mas ainda muito mais distante para comemorar.
Talvez seja como o fogo que não queima e a dor que não dói; talvez seja apenas palhas ou realmente real; talvez o talvez confunda minhas ideias com muitas ideias, mas mesmo assim hoje estou feliz como não havia ficado a muito tempo, feliz como uma criança que olha os céus e encontra pela primeira vez uma resposta para suas promessas.
Eu acho que vi um anjo.