Fechar nos braços cruzando olhares, nem todos os dias são
úteis já que sempre a um oposto para cada ideia e idealização que possamos produzir,
a sempre um desafio para travarmos, somos únicos enquanto a virgula existir,
fato esse que nos iguala também.
Amar também é um conceito, não preciso ser um sábio para
poder enganar minha própria mente, só preciso acreditar que nunca mentiria para
mim mesmo para começar a acreditar nas mentiras que conto. Pode parecer difícil
de entender o que de fato não é, acompanhe a premissa desde o princípio, o bom
mentiroso nunca consegue enganar a si próprio porque ele sabe que está a
mentir, essa é a sina pela qual vive e provavelmente morrerá.
Agora o que acontece com aquelas pessoas que acreditam nas
mentiras senão a arte de transmitirem sua arte, o feito de produzir uma mentira
inocente por acreditar que é verdade, mesmo sabendo que aquele cara que a
contou era um mentiroso, basta apenas acreditar em algum detalhe para que a
mentira fixe e perturbe os menores pensamentos.
Falemos então dos apaixonados, criaturas de tamanha
distinção no meio social que deveriam ser isolados em um local afastado para
pesquisas futuras, a esses dedico este parágrafo. Amor, um conceito que gera
muitos conceitos, porém nunca aquele que ele quer passar realmente, porque o
amor pode ser tudo ao mesmo tempo que necessariamente não precisa ser absolutamente
nada, mas então, o amor é capaz de cegar os apaixonados, paixão também pode ter
esse efeito, mas em quantidades extremamente pequenas. Dizemos que o verdadeiro
cego é aquele que não quer ver e é desse tipo de cego que me trato, uma pessoa
que acaba por ver toda a verdade sobre seu parceiro, por mais cruel e hipócrita
que possa ter sido a revelação, segura-se em mentiras, que nem seu pobre
raciocínio possa determinar a origem, para destruir toda a verdade que lhe fora
revelado e essa é a verdade do verdadeiro cego.
Porém nem tudo no mundo gira em torno de mentiras, existe
também a natureza e todo um universo além das concepções humana que nos
conduzem.