27/08/2013

Clamor da Solidão

Um dia após o outros.

     Não é louvável a capacidade de sobreviver, murados em fortalezas, cada qual com sua riqueza de detalhes prontos para serem desvendados, intrinsecamente vivo em seus aspectos mais naturais. O corpo clama onde a alma padece, vítima a todo o tempo de vários casos e calúnias articuladas ao redor do que mais protegemos. Como criaturas que sofrem ao sorrir, designadas as causas e efeitos que não podemos de fato suportar, crendo em uma crença que mal conhecemos.

     Iludidos e enganados a todo o tempo parti sem saber o que deixou para trás, com mente frágil pode nem lembrar dos acontecimentos anteriores, com poucas características que o destaquem. Chora a noite porque o tempo é muito curto para concluir todos os objetivos e os obstáculos crescem a cada passo que os aproximam; louco e pressionado, cada dia parece um inferno na cabeça daquele cidadão que não tem ninguém. Desespero recobre seu coração e as lágrimas são seu único conforto.

     Acalanta suavemente seu rosto, seguindo o mesmo fluxo, por entre as áreas menos acentuadas, encontrando seu destino ao atingir o chão, sabe que não será a ultima porque de onde saiu haviam tantas outras e em tamanha agonia, uma lágrima que simplesmente não podemos ignorar, significado destacado apenas em sua chegada ao chão e por outras sendo recoberta, dela nada se resolve e não esperamos solução qualquer.

     Viva a alegria de está vivo contemplando a tudo aquilo que não acreditamos esperando que um dia seja real, por mais incerto que pareça a esperança deve ser a ultima a cair, afinal fora a única que sobrou em nossa vaga existência e sem ela o único encontro que teremos será com a nossa tão esperada amiga sombria que a todos visitam em uma certa parte de dia, a morte, unicamente encontrada ao final, com sua harpa canta e sorri, sem promessas ou pressões, somente o fim.

Se se parte com a dor de nada o mundo resolverá.