09/09/2013

Lembranças de Sal

Devo começar com uma Expressão de Negação para que o enredo se desmonte.

     Hoje não parei de pensar nos nossos momentos, me permito sentir essa dor ainda buscando algum significado, mostrando para mim mesmo que ainda sou humano, a necessidade que tenho de me apresentar como um ser imparcial, moral, bloqueia o que tenho de verdadeiro dentro de mim, poucos são aqueles que descobriram uma algo relevante sobre minha vida, talvez minha história seja negra demais para ser revelado ou simples demais para que se tenha o prazer no final da leitura.

    Agrego-me a costumes antigos deixando lágrimas correrem meu rosto contemplando o vazio formado em minha vida, solidão eis minha amiga mais antiga, abraçar, sentir o calor de alguém, ouvir a voz, o que pode da noite se tirar se não a triste melancolia do outro dia que poderia ser exatamente igual. Lembro forte de um momento em que me ajoelharia comprometeria todo o meu futuro, unindo-me ao seu, fazendo-a minha, fatídica lembrança que nunca ocorrerá.

     Abraço o destino com graça e louvor, rezo noites e dias para o mesmo Deus, olhos pela janela imaginária do meu quarto e vejo as estrelas no teto, a noite te um algo especial para mim, uma calma empatia que transborda dos melhores aos piores dias, completando minha essência com o toque negro de suas frieza. Parte do que eu digo parte do mesmo princípio, você.

     O tempo passa e a ferida ainda continua aberta, cada texto que escrevo demonstra um pouco disso, você, você e você ainda vive dentro de mim, porque não exagerar naquilo que me faz forte, determinante, esqueço as vezes que as palavras são minhas, aprendi que não sou interessante e se quero algo tenho que ser outro, então vem perguntas falsamente clássicas a minha mente, perspectiva com respostas de baixo teor.

Claro com o dia, a lagrima que derramo é pura e cristalina.