28/10/2013

Longe, Longe dentro de mim

     Não há caminhos fáceis a serem seguidos nem, por ventura, recompensas sem esforços. Praticamos e desenvolvemos habilidades em várias variáveis confusas que muitas vezes não passam apenas do nosso reflexo refletido no espelho borrado e úmido após o banho quente.

     Pensando sobre meus pensamentos e questionando-os, reflito minha própria existência e, a cada dia, descubro algo em mim, novo, porém sempre presente. Vejo erros, acertos, conquistas, derrotas e concluo que perdi muito mais do que ganhei, mas superei cada derrota e experimento o sabor da experiência enquanto ajudo outros a não caírem. Meus sacrifícios inicialmente não tinha valor nenhum, contudo o tempo mostrou que o valor que damos as certos momentos é o que tornam eles importantes, mesmo que para os outros não exista a real significância, nossas satisfação pessoal é acima de tudo nossa.

     Vivi tragédias também e em epifanias vi o tamanho da morte e como seria prazeroso em seu leito, misterioso e subitamente silencioso, descansar com seu toque sombrio, frio, da calada noite, mesmo que lamentando sobre a existência que participa do meu eu, por isso, para aqueles que um dia chegarem a ler esse texto vejam como eu sou em cada momento e sufoquem minha vontade de desistir da vida.

[Flor de Valencia 01/01/2012]