28/03/2014

Além da Visão | Prólogo de Aprígio


Apenas caminhava por dentro das casas quando a vi passar, bela, emitia uma energia realmente especial, comecei a sincronizar com sua harmina. Caminhávamos juntos por todos os lugar, a sensação era muito gostosa, trazia a meu corpo a vontade já esquecida de viver.

Certa vez eu vi um problema acontecendo, ela não percebeu, mas eu comecei a mim afastar, tentei analisar melhor o que estava acontecendo, no final era apenas um deturpação do ambiente e nessas condições não é muito bom ficar próximo, a energia positiva que estava guardando poderia se contaminar, então voltei para aquela que me fazia sentir tão bem.

Quando cheguei tive uma surpresa, ela virou para mim e perguntou porque eu havia demorado tanto, ninguém nunca havia me perguntado algo assim ou até mesmo percebido minha presença em meio ao mundo, naquele momento soube exatamente que era com ela que queria estar. Tentei explicar, mas ela não entendia ou entendia, mas transparecia entendimento.

Às vezes me esqueço de minha condição e isso acaba prejudicando muito porque é nesses momentos que nos decepcionamos mais, nossas distrações são nossos maiores erros. Muitas vezes o erro já vem muito antes de nós e permanecerá muito tempo depois que partimos e por esses erros não devemos nos sentir culpados, mas quanto aos pequenos erros, temo que a culpa é inteiramente nossa.


Por isso continuo com ela, mesmo que não consiga me ver claramente, sei que consegue me sentir e isso é tudo que preciso para continuar vivo. Ela acredita.