11/03/2014

Um Mesmo Lugar

  


Tranquilo esse lugar ouvindo as gaivotas sobre o píer e o barulho da dos peixes ao pularem na água, o céu azul contemplado com lindas nuvens brancas e um sol bem amarelo que não esquenta o suficiente para queimar minha pele, sobre um balanço estou, entre duas árvores, local perfeito para esta com mais alguém e por horas ficar sem precisar dizer uma palavra.
Perto de minha casa existe um lago e ao seu lado uma arvores muito velha, quase centenária, que exala um cheiro muito agradável de madeira por toda região, suas folhas são grandes e seus galhos são fortes e robustos onde em um dele coloquei um balanço de madeira composto apenas por cordas e um pedaço da madeira da mesma árvore. Pela noite quando saiu para um passeio noturno me deparo com espetáculo produzido por centenas de pequenas criaturas luminosas ao lado do lago, vaga-lumes magníficos coreografando movimentos aleatórios que fariam o mais lúcido dos homens acreditar na magia das fadas.
Enquanto divago entre os pensamentos mais animadores vejo o crepúsculo rasgas os céus em linhas vigorosas de estrelas compreendidas pela existência de uma única lua dominadora e absoluta, as montanhas começam a desaparecer e logo o clima fica gélido suficiente para sufocar os desatentos com seu balanço doce e preciso. Monto a barraca junto com uma fogueira a sua frente e espero adormecido pelo próximo crepúsculo que detém uma das visões ainda mais belas já encontradas pela face da terra, o amanhecer é mais belo e rico em cores do que qualquer outra imagem que possa existir.
Mesmo que não pareça um bom dia sempre teremos o amanhã para animar nossos corpos gelados, poucos vivem ao nosso redor, muito menos sabem de nossa existência, como ursos nós caminhamos, somos errantes e somos sós. Desço de minha carruagem e parto a direção dos companheiros mais fieis que já tive, sou recebido com um acalento verdadeiro de irmão, com abraços e muita euforia, em parte sei que esperam os alimentos, mas sei que é porque sou eu quem vos dar que são tão felizes. Colo a comida no chão, aperto sua pelugem com muito gosto e sorrio enquanto o admiro devorar a lebre que aviamos encontrado, um troféu mais que merecido para este que grande companheiro. Balanço meu corpo em direção ao chão, deito-me por algumas horas e vejo no céu a luz de uma lua em pleno dia, imagino quantas pessoas são capazes de ter essa experiência.